Este empreendimento de habitação coletiva resulta da conjugação de dois lotes e de um convite de uma sociedade imobiliária para o projeto de dois edifícios de habitação coletiva, inseridos em loteamento, e que funcionassem como um complexo único.
Resultam, assim, 2 edifícios com 8 pisos de habitação e 3 de aparcamento em cave, num total de 56 fogos, com tipologias T1, T2 e T3.
No desenvolvimento do projeto foi tido em consideração o terreno no qual se insere, respeitando a harmonia da imagem urbana consolidada. Dada a diferença de cota de 4,00 m entre a via habilitante e a cota de soleira, o acesso aos edifícios realizar-se-á por 2 percursos, um pelo alçado sul, através de espaços verdes públicos, e um outro percurso concordante com mobilidade condicionada, pela rua a norte.
No embasamento do alçado sul, correspondente ao Piso 01, teremos terraços privados delimitados por muros, rebocados e pintados à cor cinza, prevendo-se junto ao muro uma barreira vegetal, por forma a aumentar a privacidade.
A resposta volumétrica teve como origem a intenção de criar varandas sobre a via, sem interferir no seu uso - e que resultam no nome deste conjunto edificado. A composição do alçado evolui conceptualmente para a criação de varandas para cada um dos apartamentos, procurando desenhar continuidade entre os dois blocos, numa ideia de vigas onde pousam as floreiras, com os vazios entre si preenchidos por pérgulas à cor da fachada, filtrando a luz e gerando uma imagem de horizontalidade que contrasta com a altura real do edificado.
Sem comprometer a integridade estética da proposta, recorreu-se à neutralidade da paleta de cores em tons cinza, jogando com as texturas e estereotomias diferenciadas da chapa metálica – ora em ripado, ora em camarinha - e do betão aparente.